quinta-feira, 21 de agosto de 2008

I OFICINA NORMATIVA DO BENZENO EM PERNAMBUCO


Atualmente a indústria química é o terceiro maior setor industrial no mundo e emprega aproximadamente 10 milhões de pessoas. No Brasil, com o crescimento deste setor, a convivência com substâncias químicas produzidas tornou-se obrigatória e permanente para a população, principalmente para os trabalhadores que estão envolvidos diretamente nos processos produtivos sofrendo exposições ocupacionais destas substâncias.
O benzeno, uma das substâncias químicas tóxicas mais presentes nos processos industriais no mundo é um hidrocarboneto aromático que se apresenta em estado líquido, incolor e estável, à temperatura ambiente e pressão atmosférica normal, com odor característico dos aromáticos. Lipossolúvel, pouco solúvel em água, mas mistura-se bem com a maioria dos solventes orgânicos (álcool, clorofórmio, éter e acetona) é a substância mais cancerígena, segundo a Agência Internacional de Controle do Câncer (IARC).
O benzeno hoje em dia é utilizado como matéria-prima dentro da indústria petroquímica, na síntese de substâncias químicas básicas que são utilizadas, por sua vez, em vasta quantidade de produtos industriais. O benzeno está presente na composição do gás de coqueria, denominado BTX (benzeno, tolueno, xileno) que é utilizado como fonte energética na siderurgia.
Há a possibilidade de se encontrar benzeno em concentrações acima do permitido por lei em solventes e produtos formulados utilizados em indústrias gráficas, de calçados e couros, de tintas e vernizes, em oficinas mecânicas e serviços de pintura e também pode ser encontrado na gasolina automotiva e em outros combustíveis como impureza ou componente de misturas carburantes, ampliando o espectro de exposições ocupacionais e não-ocupacionais. Além de ser utilizado como matéria prima para a síntese de outros compostos orgânicos como a anilina; o estireno para a produção de borracha sintética e plásticos de poliestireno; fenóis para a síntese de resinas fenólicas; ciclohexano para a produção de nylon; alquilbenzeno para detergentes; clorobenzeno para produção de pesticidas e plásticos e até no cigarro, prejudicando fumantes ativos e passivos.
A exposição crônica ao benzeno prejudica bastante o organismo. A legislação estabelece como limite de exposição 1 mg/l (o mesmo que 1 g/m3. Algo como uma bolinha de homeopatia em uma caixa d’ água de mil litros). Seus metabólicos (sub-produtos) são altamente tóxicos e se depositam na medula óssea e nos tecidos gordurosos podendo causar diversos problemas de saúde, principalmente o benzenismo, que é uma síndrome decorrente da intoxicação crônica pelo benzeno, o qual produz diversos danos irreversíveis ao organismo humano podendo acarretar doenças como Leucopenia, anemia, plaquetopenia, distúrbios do comportamento e até leucemia.
O Acordo Nacional do Benzeno, firmado, em 1996, entre o governo, a indústria e os sindicatos dos ramos petroquímico, químico e siderúrgico, definiu diversas medidas de proteção da saúde de trabalhadores e limites de exposição, porém, estas medidas devem estar sempre sendo revisadas e adaptadas com a realidade local.
Pernambuco atualmente está vivendo um grande momento de expansão e crescimento no setor industrial. Entre as diversas indústrias que estão em processo de instalação destacam-se a Refinaria de Petróleo e a siderúrgica que tornarão o estado um alvo em potencial para os impactos e danos que podem ser causados ao ambiente e à saúde das pessoas com a utilização do Benzeno.
Antecipando-se ao efetivo funcionamento destas indústrias, a Secretaria Estadual de Saúde através da Coordenação Estadual de Atenção à Saúde do Trabalhador propõe a realização da I Oficina Normativa do Benzeno em Pernambuco a ser realizada em outubro de 2008, para discutir as instruções normativas e estratégias de prevenção para minimizar o impacto que o benzeno pode causar à sociedade.
A oficina contará com a participação de representantes do Ministério da Saúde, dos Centros Regionais de Saúde do Trabalhador (Cerest) de cada estado brasileiro, de acadêmicos e especialistas da área, técnicos da saúde do trabalhador e Secretarias de Estado (Secretaria das cidades, Secretaria do turismo, Secretaria do meio ambiente, Secretaria de Recursos Hídricos, Secretaria da Agricultura e Reforma Agrária, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente, Secretaria de Planejamento e Gestão e Secretaria de Desenvolvimento Econômico), Movimento Sindical, representantes dos trabalhadores e do Conselhos de Saúde.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

OBJETIVO:

Discutir e Atualizar as instruções normativas do protocolo do Benzeno no estado de Pernambuco


RESULTADOS ESPERADOS:

A revisão do protocolo do benzeno permitirá a visualização de casos relacionados à exposição de benzeno que atualmente encontra-se subnotificada.com o diagnóstico epidemiológico dos trabalhadores exposto à intoxicação pelo benzeno, poderão ser realizadas ações mais efetivas de vigilância e promoção da saúde.

LOCAL: Cabo de Santo Agostinho – Pernambuco

DATA: 21, 22, 23 e 24 de Outubro.

PÚBLICO ALVO:

Representantes do Ministério da Saúde, dos Centros Regionais de Saúde do Trabalhador (Cerest) de cada estado brasileiro, de acadêmicos e especialistas da área, técnicos da saúde do trabalhador e Secretarias de Estado (Secretaria das cidades, Secretaria do turismo, Secretaria do meio ambiente, Secretaria de Recursos Hídricos, Secretaria da Agricultura e Reforma Agrária, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente, Secretaria de Planejamento e Gestão e Secretaria de Desenvolvimento Econômico), movimento sindical e Controle Social.